Você já esteve dentro de um avião pronto para decolar e ouviu o aviso: “Estamos com excesso de peso e precisamos ajustar a carga”? Essa frase pode até parecer técnica, mas carrega uma série de implicações que poucos ageiros entendem. Neste artigo, vamos falar sobre um problema silencioso – e pouco comentado – no universo das viagens aéreas: o overload. 486j47
Diferente do overbooking (quando a companhia vende mais agens do que assentos disponíveis), o overload acontece quando a aeronave ultraa seu limite de peso total permitido para decolagem com segurança. Isso pode envolver não apenas o peso dos ageiros e suas bagagens, mas também carga comercial, combustível e até as condições climáticas, que influenciam no desempenho da aeronave.
Em situações assim, a companhia precisa tomar uma decisão difícil: aliviar o peso. E isso pode incluir desembarcar ageiros ou retirar bagagens que já estavam no porão. O que muita gente não sabe é que essas decisões devem respeitar critérios claros de segurança e, principalmente, os direitos do ageiro.
Se você estiver a bordo e for convidado a desembarcar, isso não pode acontecer de forma aleatória ou sem garantia. A empresa aérea deve oferecer reacomodação, alimentação, hospedagem (se necessário) e até compensações financeiras, dependendo do transtorno causado. Não é um favor – é obrigação legal.
Por isso, fica o alerta: sempre guarde o cartão de embarque, mesmo depois de entrar no avião. Ele é a prova de que você estava autorizado a voar e, portanto, tem direito à assistência completa caso seja retirado por questões de overload. Além disso, registre a situação com o celular: fotos do de embarque, gravações do que for informado pela tripulação e qualquer comunicação recebida. Esses registros são valiosos em caso de disputa posterior.
Importante destacar que overload não é justificativa para desrespeitar o ageiro. Não importa se é alta temporada ou um voo internacional: o atendimento deve ser claro, humano e eficiente. E se a companhia falhar, você pode sim buscar reparação judicial, inclusive por danos morais, dependendo do impacto sofrido.
A nossa proposta é simples: fazer com que você se reconheça como alguém que já tem atitudes de um ageiro consciente. Se você chegou até aqui, já está se informando mais do que a maioria – e isso te coloca à frente em qualquer aeroporto do mundo.
Na próxima semana, vamos falar de um ageiro especial, que também enfrenta seus desafios ao voar: o seu pet. Quais são os documentos exigidos? Quais os cuidados necessários? E mais importante: quais os seus direitos e os riscos no transporte aéreo de animais?
Te encontro aqui! E uma boa viagem!
@dayanealvesadvogada
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